segunda-feira, 29 de junho de 2015

Ciclovia na Paulista é inaugurada

29/06/2015 

O Estado de SP / Folha de SP / Diário do Nordeste

Leia: Prefeitura abre ciclovia da Paulista hoje e testa veto a carros aos domingos - O Estado de SP

SÃO PAULO - Sob vaias de antipetistas e aplausos de ciclistas, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), inaugurou neste domingo, 28, a ciclovia da Avenida Paulista, na região central da cidade. A via, com 2,7 quilômetros de extensão em cada sentido, atraiu milhares de pessoas. A Paulista ficou fechada para carros das 10h às 17h10 e foi tomada não só por ciclistas, mas também por skatistas, famílias, idosos, músicos, food trucks e food bikes.

Haddad percorreu a via de bicicleta do Hospital Santa Catarina até a Praça do Ciclista, na Consolação, e foi alvo de manifestantes em diferentes pontos da avenida. Os protestos focaram nos desdobramentos da Operação Lava Jato e em críticas ao PT. Durante a cerimônia de inauguração, o prefeito deu entrevista sob vaias e gritos de um grupo que estava no pátio interno do Hospital Santa Catarina. As pessoas gritavam "petrolão!", "Sérgio Moro está chegando", "ciclovia para as pedaladas de Dilma" e "bandido".

Questionado, Haddad atribuiu as manifestações a opositores "infiltrados" no evento. "Sabiam que eu estaria aqui e tem certa 'infiltraçãozinha'. Mas temos de respeitar, porque é uma manifestação democrática."

O advogado Henrique Vilela de Souza, de 39 anos, foi um dos que gritaram contra o prefeito. Ele afirmou que passava pelo local "por acaso" e negou ser infiltrado ou filiado a partido político. O secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, comentou a situação: "Acho que os doentes estavam do lado de fora, não acham?".

MBL. Um grupo de 15 pessoas do Movimento Brasil Livre (MBL) foi até a Paulista para protestar contra as "pedaladas fiscais" da presidente Dilma Rousseff. Em 13 bicicletas, os manifestantes planejavam fazer um passeio pela ciclovia, mas teriam sido impedidos por ciclistas.

"Começamos a abrir nossas faixas e íamos pedalar, mas ficamos ilhados. Logo fomos hostilizados, e a Polícia Militar teve de fazer a nossa segurança. Pediram que nos retirassem", contou o estudante de Direito e líder do MBL-SP, Caíque Mafra, de 21 anos. Na confusão, o jovem disse ter sido agredido com um tapa na cara.

Haddad convocou todos os partidos a integrarem o apoio às ciclovias. "Isso aqui não é uma política partidária, não é uma política de governo, é uma política que deveria ser abraçada por todos os partidos e por todos os governos", afirmou. Manifestantes ainda pediam ciclovias na periferia.

Durante a madrugada, antes da inauguração, tinta azul foi jogada em um trecho da ciclovia, entre o Museu de Arte de São Paulo (Masp) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), mas foi retirada após limpeza da Prefeitura com auxílio de caminhão-pipa. O secretário Tatto ironizou o ato. "Deviam estar comemorando (a abertura da ciclovia)."

Elogios. A estrutura da ciclovia e o fechamento da Paulista foram elogiados por ciclistas. "Acho que foi bem planejada, tem segurança. E foi legal também ver a ocupação da cidade. Quando eu olhava a multidão, parecia um sonho, uma alucinação", disse o técnico de som Gustavo Zysman, de 30 anos.

Cicloativista, o analista de sistemas Diogo Pedrosa, de 34 anos, diz ter ficado emocionado. "No caminho vi várias pessoas trazendo bicicletas nos carros, muita gente prestigiando."

Moradores do cruzamento da Avenida Paulista com a Rua da Consolação, o advogado Fábio Maia, de 40 anos, e a gerente administrativa Anne Santos, de 37, caminhavam no fim da manhã com a filha e quatro cachorros. O casal manifestou apoio ao projeto da Prefeitura de fechar a Paulista aos domingos. "Achamos sensacional. Aos poucos, o hábito vai pegar. É bacana essa ideia de compartilhar espaços", afirmou Maia.

Nem a PM nem a CET informaram quantas pessoas foram ao local neste domingo. Por volta das 12h50, um homem foi preso por policiais militares por furtar uma bicicleta próximo da Avenida Brigadeiro Luís Antonio.

Folha de SP

Após teste com ciclovia, ideia de fechar a Paulista aos domingos ganha força

Milhares de pessoas ocuparam a avenida Paulista, interditada neste domingo (28), para a inauguração da ciclovia. Após um dia sem incidentes graves ou grandes congestionamentos, ganhou força na gestão Fernando Haddad (PT) a ideia de vetar os carros na via todos os domingos.

Na avaliação da prefeitura, a experiência foi positiva. Técnicos da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) devem apresentar relatório com o impacto no trânsito ainda nesta semana. Com isso, a equipe de Haddad vai avaliar se será necessário realizar mais testes antes de tomar uma decisão definitiva.

"Seria bom fazer da Paulista aos domingos um grande parque, onde as pessoas pudessem passear com segurança", afirmou o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto. Ele disse, ainda, que não haveria dificuldades em fazer as alterações viárias necessárias para o fechamento uma vez por semana.

"A CET consegue montar uma operação especial para os acessos aos hospitais", disse. "Para os moradores daqui a gente consegue fornecer uma autorização especial [de circulação], como a gente faz no autódromo de Interlagos em dia de Fórmula 1."

A ciclovia tem 2,7 quilômetros de extensão, entre a praça Oswaldo Cruz e a avenida Angélica. Com ela, a cidade passou a ter 334,9 km de malha cicloviária.

O prefeito, morador do Paraíso, foi à inauguração de bicicleta. Durante a coletiva de imprensa, chegou a ser vaiado por um grupo anti-PT, mas na sequência foi aplaudido pelos ciclistas que lotavam a Paulista.

SOBRE RODAS

O público comemorou a conquista do espaço na avenida mais importante da capital, que já foi cenário de diversos acidentes com ciclistas.

Por volta das 7h, cicloativistas homenagearam duas "bikers" mortas na via: Márcia Andrade Prado e Juliana Dias. Duas bicicletas que ficam amarradas a gradis -marcos das mortes de ambas-, receberam novas mãos de tinta branca e foram enfeitadas com flores.

Entre os presentes estava Roberta Ferrari Andrade, 48, prima de Márcia Prado. "O que a Márcia queria, humanizar São Paulo, começa a acontecer um pouco agora, com essa ciclovia", disse Roberta, que veio do Rio de Janeiro para a cerimônia.

Mas nem só de ciclistas se fez o domingo na Paulista. Cantores, Testemunhas de Jeová, hippies e famílias inteiras tomaram as calçadas.

Nessa "praia de paulista" também teve espaço para piqueniques. Sentada em cima de uma toalha xadrez, a professora de educação física Diná Ramos, 40, aproveitava o sol tomando chá. Apesar da escassez de comidas em sua cesta, esperava confiante. "Convidei um monte de gente. Ainda é cedo, eles vão aparecer", disse. Uma hora depois, os convivas chegaram.

A PM e a prefeitura não deram estimativa de público.

LADRÕES

A única ocorrência policial registrada foi a prisão em flagrante de dois homens, em frente ao clube Homs, por volta das 13h. Segundo a Polícia Militar, a dupla furtou quatro bicicletas, que não haviam sido recuperadas até o início da noite deste domingo.

Eles foram presos com alicates para cortar cadeados e levados ao 78º DP (Jardins).

Diário do Nordeste

Ciclovia na Avenida Paulista: Inauguração atrai ciclistas e protesto

Milhares de pessoas percorreram os 4 km destinados às bicicletas, e manifestações contra o PT marcaram o evento

São Paulo. A inauguração da ciclovia na Avenida Paulista, região central de São Paulo, atraiu ontem milhares de ciclistas. Segundo a Polícia Militar, às 10 horas da manhã havia mais de 2 mil pessoas com bikes na área. A via segregada para bicicletas tem cerca de quatro quilômetros de extensão e registra intenso movimento no seu primeiro dia de funcionamento oficial.

O início do tráfego na ciclovia, no entanto, também ocorreu sob protestos de diferentes grupos. Durante a madrugada, tinta azul foi jogada em um trecho da via próximo ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), mas foi retirada após limpeza da Prefeitura. Outros movimentos estenderam faixa de "Fora PT".

Uma garrafa pet ainda com tinta foi encontrada no local, nas imediações do parque Trianon, na Avenida Paulista. A polícia não identificou os autores do ato de vandalismo. Aparentemente, a tinta usada foi a guache, comumente utilizada em trabalhos escolares. A mancha azul se estendeu por cerca de 300 metros, entre o Masp e a rua Pamplona.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), foi alvo de manifestantes em diferentes pontos da avenida. Os protestos focaram principalmente nos desdobramentos da Lava- Jato e em críticas ao Partido dos Trabalhadores. Em frente ao Hospital Santa Catarina, na Avenida Paulista, de onde saiu a comitiva do prefeito para percorrer a ciclovia, pessoas gritavam "petrolão!", "Sérgio Moro está chegando", "Ciclovia para as pedaladas de Dilma" e "bandido".

Questionado sobre a reação, Haddad atribuiu as manifestações a "infiltrados", que teriam se preparado para protestar no evento. O advogado Henrique Vilela de Souza, de 39 anos, foi um dos que gritaram do lado de dentro do hospital, a poucos metros do prefeito. Ele afirmou que não estava acompanhando paciente, apenas passava pelo local. Souza negou ser infiltrado. O advogado afirmou que não é de São Paulo e que não tem opinião formada sobre a ciclovia.

Qualidade

Fernando Haddad exaltou a ciclovia como "símbolo de qualidade de vida" e disse que esta é uma política que "deveria ser abraçada por todos os partidos". Diversos ciclistas que se dirigiram à Avenida Paulista carregavam balões brancos.

No período da manhã, Haddad percorreu a ciclovia acompanhado pela primeira-dama, Ana Estela Haddad, e pelo secretários Jilmar Tatto (Transportes), Gabriel Chalita (Educação) e Eduardo Suplicy (Direitos Humanos). No final do trajeto, na Praça do Ciclista, que fica próximo à Rua da Consolação, o prefeito parou para descansar e tomar água de coco.

Haddad comemorou o início das atividades na ciclovia. "Acho importante também pelo simbolismo. O principal cartão postal da América Latina agora tem uma área que é a malha cicloviária", disse. Ele ainda convocou todos os partidos a integrarem o apoio às ciclovias. "Isso aqui não é uma política partidária, não é uma política de governo, é uma política que deveria ser abraçada por todos os partidos e por todos os governos, para que pedestres e ciclistas tenham seu espaço garantido além do transporte público", acrescentou o prefeito.

Um simulador virtual lançado na semana passada, no Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito, da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), estima o impacto de mudanças no uso de diferentes meio de transporte nas maiores cidades do país.

 

A mudança de meio de transporte traria diversos benefícios, como a redução de 25% na emissão de poluentes locais, como monóxido de carbono.

domingo, 28 de junho de 2015

Estação Jurubatuba da CPTM conta com ciclopassarela

28/06/2015 - Portal do Governo de SP

Os ciclistas que utilizam a ciclovia do Rio Pinheiros contam com um acesso moderno e espaçoso: a ciclopassarela. O projeto interliga o mezanino da Estação Jurubatuba da Linha 9-Esmeralda da CPTM, na zona sul de São Paulo, à ciclovia que beira a linha do trem.

Feita de metal e corrimão em aço inox, a estrutura possui 130 metros de extensão e 2,40 metros de largura. Dessa forma, os ciclistas levam as bicicletas com muito mais conforto. A nova ciclopassarela substitui um acesso provisório em nível que existia na estação Jurubatuba. Assim, a Ciclovia Rio Pinheiros continua com seis acessos: pela Avenida Miguel Yunes e os demais juntos às estações Jurubatuba, Santo Amaro, Vila Olímpia, Cidade Universitária e a ciclopassarela municipal nas proximidades da ponte Cidade Jardim (Parque do Povo).

A criação desse novo acesso faz parte de uma série de incentivos criados pela CPTM para o uso das bicicletas. Usuários de trem podem, por exemplo, andar com bicicletas aos sábados a partir das 14h até o final da operação. Aos domingos e feriados é liberado durante todo o período comercial. Hoje, a CPTM mantém 27 bicicletários instalados junto às estações, que totalizam 6.814 vagas.

Atualmente, cerca de 20 mil usuários estão cadastrados para utilizar o serviço, em sistema de rodízio, na CPTM. O funcionamento é diário, inclusive nos feriados, de domingo a sexta-feira, das 4h à 0h. Aos sábados das 4h à 1h.

Ciclovia Rio Pinheiros

A ciclovia Rio Pinheiros, que também pertence a CPTM, conta com 21,2 quilômetros de extensão, ao longo da Linha 9-Esmeralda. Por lá passam, mensalmente, aproximadamente 40 mil usuários. Desde a inauguração, em fevereiro de 2010, a via já recebeu cerca de 2 milhões de ciclistas.

A CPTM mantém seis pontos de apoio ao ciclista com banheiro, bebedouro e atendimento, localizados ao longo do percurso: Avenida Miguel Yunes, Santo Amaro, Vila Olímpia, Cidade Jardim, Cidade Universitária e Villa Lobos-Jaguaré. Além disso, há um estacionamento para carros com 45 vagas, no acesso pela Avenida Miguel Yunes. O acesso é público e gratuito e funciona diariamente, das 5h30 às 18h30, inclusive feriados. 

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Ciclovia da Paulista já ganha adeptos mesmo antes de inauguração

24/06/2015 - O Estado de SP / Folha de SP

SÃO PAULO - Faltam quatro dias para a inauguração da ciclovia da Avenida Paulista, mas ciclistas já aproveitavam nesta terça-feira, 23, as faixas exclusivas para pedalar ao longo da via, cujo trajeto será de 4 km, entre a Rua da Consolação e a Praça Osvaldo Cruz.

A retirada dos tapumes da obra já é uma inauguração "não oficial" para os ciclistas, que consideram o equipamento um marco para a capital. "Vai ligar a cidade inteira, será uma bandeira, uma amostra de que São Paulo está mais voltada para as pessoas", disse o designer Cesar Ramos, de 39 anos.

Ele usa a bicicleta como meio de transporte entre sua casa, na Bela Vista, região central, e a Rua Oscar Freire, nos Jardins. "Demoro 20 minutos. Já pensei em ter carro, até perceber como a vida é mais feliz e saudável pedalando", afirmou o designer, que pedala Folha de SP

Antes de estreia, ciclovia da av. Paulista já é ocupada por ciclistas

A ciclovia da avenida Paulista ainda não foi inaugurada oficialmente, mas já é utilizada por ciclistas que trafegam pela via na região central da capital paulista.

Na tarde desta terça-feira (23), a Folha flagrou vários ciclistas utilizando a pista, que ainda não foi finalizada.

A obra, que será entregue no domingo (28), ainda passa por últimos retoques. Ontem, funcionários trabalhavam em alguns pontos dela.

Os ciclistas, no entanto, não se importaram muito com isso e entraram no local. Em alguns pontos, não havia obstáculo para o acesso.

Na hora do almoço, passavam pela via entregadores de comida de restaurantes da região e pessoas com bicicletas de um sistema de aluguel que atua na cidade.

As bicicletas vão circular em duas mãos pelo canteiro central, paralelas ao trânsito dos carros, motos e ônibus que passam pela avenida.

Ela será interligada a uma outra, na rua da Consolação, que ainda está em projeto.


Procurada pela reportagem, a prefeitura afirmou que não há restrição de uso por ciclistas em áreas já prontas e que a ciclofaixa já dá segurança aos usuários.há cinco anos.

Ramos evitava a Paulista por medo dos veículos. Durante a entrevista, no cruzamento com a Rua Pamplona, ciclistas que passavam por ele tocavam as campainhas usadas como buzina. "Viu? Os ciclistas se amam. Você não vê motoristas fazendo saudações uns para os outros. Eles só se xingam."

A jornalista Bárbara Calache, de 25 anos, também mora na Bela Vista e trabalha em uma agência na esquina na Avenida Paulista com a Rua Frei Caneca. Quando a reportagem a encontrou, na condição de pedestre, ela fotografava o movimento dos ciclistas. "Não ando, mas estou pensando seriamente em ir trabalhar de bicicleta. Está mais seguro. Não pedalo por medo."

Na opinião de Willian Cruz, cicloativista do site Vá de Bike, a cidade vai ficar mais cordial. "Exercita a convivência. Essa ciclovia é um marco, porque está no cartão-postal da maior cidade do País."

A inauguração oficial da ciclovia será no domingo, com fechamento total da avenida.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Projeto bilionário, reforma e modernização do Anhembi, em São Paulo, atrai 18 empresas interessadas

17/06/2015 - Pini WEB

A Prefeitura de São Paulo apresentou no Diário Oficial do Município desta quarta-feira (17) o nome das 18 empresas ou consórcios interessados nos projetos de ampliação e modernização do centro de exposições Anhembi, na zona Norte da cidade. Com investimento privado já elevado para R$ 2 bilhões - inicialmente era R$ 1,5 bilhão -, o parceiro da São Paulo Turismo (SPTuris), que administra o complexo, deverá propor o aumento da atual área de eventos, a instalação de sistemas elétrico e de climatização de padrão internacional, estruturas modulares para eventos simultâneos e infraestrutura moderna de tecnologia da informação.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

CET testa SP sem Minhocão na Virada

13/06/2015 - O Estado de SP

SÃO PAULO - A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) usará o fim de semana da Virada Cultural para testar o comportamento do trânsito do centro da cidade sem o Elevado Costa e Silva, o Minhocão. No próximo sábado, data do evento, a via elevada será fechada às 15 horas e só será devolvida aos automóveis na manhã de segunda-feira. 
 
O teste deverá ser um dos elementos usados em um estudo que a companhia vem conduzindo para determinar a viabilidade do não funcionamento do elevado aos sábados. Dependendo do resultado, o sábado seguinte, dia 27, também terá Minhocão liberado para pedestres, ciclistas e outros praticantes de esportes. 
 
O estudo, cujos resultados só devem ser divulgados no mês que vem, é feito paralelamente a uma discussão na Câmara Municipal sobre projeto de lei que determina o fechamento do elevado nos fins de semana. O vereador José Police Neto (PSD), autor do projeto - já aprovado em primeira votação, mas que depende de mais um turno de análise antes de ser levado à sanção do prefeito Fernando Haddad (PT) - comemora a realização da pesquisa. 
 
"Haddad foi convencido de que São Paulo produz espaços de lazer espontaneamente. Parque Minhocão é o maior exemplo. A cidade será mais humana e sustentável trocando carros por pessoas", diz o vereador.
 
O prefeito, entretanto, lembra que é dele, e não da Câmara, o poder de regulamentar o trânsito da capital. "O trânsito da cidade não é regulado por lei. É regulado pela autoridade de trânsito. Ela que determina o que funciona e o que não funciona, a mão de ruas. Esses assuntos são típicos de autoridade de trânsito", explicou Haddad.
 
"Para a Virada, nós precisamos fazer isso. Para ela acontecer da maneira como foi planejada, vai ter esse fechamento a partir das 15 horas. A CET vai estar acompanhando os fluxos até para dar uma resposta técnica para a sociedade. A sociedade, por meio da Câmara, está reivindicando análises dessas alternativas", continuou o prefeito. Para Haddad, o fechamento do Minhocão para a Virada é uma oportunidade "para ver como é que a cidade reage" à perda do elevado como rota de escoamento do tráfego de automóveis particulares. 
 
Engenheiros de trânsito ouvidos pelo Estado dizem que o fim de semana da Virada Cultural não é o momento para fazer um teste assim. "Não adianta fazer nenhum acompanhamento. É dia atípico. Dia atípico só serve para comparar com dia atípico. Arroz com feijão se compara com arroz com feijão, caviar com caviar", ironiza o engenheiro Luiz Célio Bottura, ex-ombudsman da CET. 
 
Para ele, um acompanhamento das reações da cidade durante o fechamento do elevado aos sábados só poderia ser feito em sábados comuns. "E por vários sábados seguidos", completa o engenheiro. 
 
Entre as diferenças, o sábado da Virada terá interrupção de tráfego nas ruas próximas do Minhocão. Além da previsão de uma atração atípica de veículos para a região.
 
Plano Diretor. O novo Plano Diretor Estratégico (PDE) da capital prevê que, em 15 anos, algo deve ser feito com o Minhocão: fechamento, transformação em parque ou até a derrubada. A previsão de valorização da área já fez quatro empreendimentos imobiliários serem lançados na frente da via elevada - marcada pela degradação que trouxe aos prédios vizinhos no passado. 

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Bancada de Haddad manobra para mudança na Água Espraiada

12/06/2015 - O Estado de SP

SÃO PAULO - Uma manobra da bancada do prefeito Fernando Haddad (PT) na Câmara Municipal pretende mudar as regras da Operação Urbana Água Espraiada, na zona sul, para valorizar os Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) - títulos públicos negociados nesse tipo de operação. O texto elimina a divisão da operação urbana em setores, permitindo que Cepacs de um setor possam ser usados em outro.

A mudança deve facilitar a construção de mais quase 500 mil metros quadrados de imóveis na região das Avenidas Engenheiro Luiz Carlos Berrini e Doutor Chucri Zaidan, dois dos endereços mais valorizados da cidade. A chegada da proposta, entretanto, causou polêmica.

A bancada do governo não havia anunciado intenção de fazer essas mudanças, segundo vereadores. O que vinha sendo discutindo era alterar outra Operação Urbana, a Faria Lima, para permitir que a Prefeitura fizesse obras de qualificação urbana na Avenida Santo Amaro. As mudanças na Água Espraiada foram embutidas no texto substitutivo da Faria Lima, publicado quarta-feira da semana passada, véspera do feriado de Corpus Christi, quando não houve sessão, e que já havia sido votado em primeiro turno.

"É uma medida que só favorecesse a especulação imobiliária", disse um parlamentar da base. "O que foi feito é o que costumam chamar de contrabando", concluiu, explicando que o termo refere-se à inclusão de trechos em projetos de lei sem debater, apostando que as mudanças serão aprovadas sem que todos se deem conta do teor da lei votada.

O termo "manobra" é refutado pela base governista. "O que se pretende é valorizar os Cepacs. Recentemente, foi feito um leilão de títulos para a Operação Urbana Água Branca e não teve interesse (do setor imobiliário)", explica o líder do governo, vereador Arselino Tatto (PT). "A proposta é conseguir mais fundos, para ter mais receita para INVESTIR em habitações sociais. Não tem nenhum contrabando nisso, é uma coisa que está sendo discutida, normalmente". garante o vereador.

Com a entrada da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) na pauta da Câmara - um projeto que deve ser votado até 30 de junho - a votação em segundo turno das mudanças nas duas operações urbanas ainda não têm data, embora Tatto não descarte votá-la já na próxima semana. "Como é preciso dois terços dos votos (37 dos 55 vereadores), quero colocar em votação em um dia que a casa esteja cheia", planeja.

Mudanças. Nas operações urbanas, a Prefeitura emite os Cepacs, títulos vendidos ao setor imobiliário que permitem a construção de prédio de tamanhos maiores do que o do resto da cidade. O dinheiro obtido nessa venda tem de ser investido na mesma região.

A Operação Urbana Água Espraiada foi lançada em 2001 e, com o passar dos anos, se mostrou desequilibrada. A área da operação foi subdividida em cinco setores. Quatro deles, ao redor da Berrini e da Chucri Zaidan, tiveram a venda de Cepacs quase esgotada: dos 3,25 milhões de metros quadrados disponibilizados, 3,23 milhões já foram consumidos.

Mas o setor que incluía parte do Jabaquara encalhou: até hoje, só 7 mil metros quadrados foram construídos, ante um estoque ofertado de 500 mil metros quadrados. Se o texto for aprovado, esses Cepacs agora poderão ser usados nas áreas mais valorizadas.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Novo Anhembi custará até R$ 2 bilhões e pode ser 24h

10/06/2015 - O Estado de São Paulo

O chamamento público para reforma e modernização do Complexo do Anhembi, na zona norte da capital paulista, recebeu inscrições de 19 grupos empresariais nacionais e estrangeiros. Pelos estudos preliminares, o setor privado pretende ampliar o funcionamento para 24 horas, transformando a área de 300 mil m² em "minicity", com grandes restaurantes, lojas de grife e espaço infantil. Com a novidade, a estimativa da Prefeitura para o INVESTIMENTO privado subiu para R$ 2 bilhões.

Os detalhes das empresas serão publicados nesta quarta-feira, 10, no Diário Oficial da Cidade. "Os projetos virão mais fortes (do que se esperava inicialmente)", adiantou ao Estado o secretário municipal de Turismo e presidente da São Paulo Turismo (SPTuris), Wilson Poit.

Pelo menos dez grupos interessados são consórcios, alguns formados por até cinco empresas. Entre as inscritas há grupos de expositores, promotores de feiras, construtoras, escritórios de arquitetura e de advocacia. Do exterior, inscreveram-se empresas americanas e alemãs, entre outras.

"Muitos são consórcios formados por grandes construtoras brasileiras que se juntaram com empresas internacionais, algumas já proprietárias de pavilhões de eventos", disse Poit.

As propostas incluem parceria público-privada (PPP), fundo imobiliário, concessão e sociedade - a SPTuris é uma empresa de turismo que tem a Prefeitura como sócia majoritária.

Benefícios para a região. A ideia do chamamento é consultar as propostas do setor privado, que sinalizou para a construção de monotrilho interligando o Anhembi à Estação Tietê (Linha 1-Azul do Metrô), além de edifícios-garagem e um HOTEL de grande porte. Em dez dias, serão divulgados os nomes das empresas autorizadas pela Prefeitura para a realização de estudos de arquitetura e engenharia, planos de negócios e modelagem econômica. Os interessados terão 90 dias para entregar o material, que será avaliado por uma comissão. A previsão é de que a licitação seja lançada até o início de 2016.

sábado, 6 de junho de 2015

Ciclovia da Avenida Paulista fica pronta no dia 27 de junho

05/06/2015 - G1 SP

A ciclovia da Avenida Paulista fica pronta no dia 27 de junho, segundo o consórcio responsável pela obra informou ao SPTV. A partir desta data, os ciclistas vão poder pedalar da Consolação até a Praça Oswaldo Cruz. O trecho da Avenida Bernardino de Campos será entregue no dia 25 de julho.

Os operários que fazem a obra da ciclovia da Paulista desde a primeira semana de janeiro trabalharam durante o feriado de Corpus Christi. Não há mais faixas bloqueadas pela obra, mas os tapumes continuam isolando o canteiro central, o que deve afunilar um pouco o caminho da Parada Gay, que ocorre neste domingo (7)

Em março, a Justiça determinou a paralisação das obras de todas as novas ciclovias na cidade, menos a da Paulista.

Meta da administração

As faixas exclusivas para bicicletas são uma das principais bandeiras da gestão de Fernando Haddad (PT) e estão entre as metas da gestão.

Até março, o prefeito entregou 235,3 km dos 400 km que prometeu até o fim do ano. Segundo estimativas da Prefeitura de São Paulo, o custo médio por quilômetro ficou em R$ 180 mil na instalação de 156 quilômetros até 2014. Ainda segundo a administração municipal, a projeção para os próximos 361 quilômetros em implantação desde o ano passado é um custo médio de R$ 250 mil por quilômetro.

Considerando que São Paulo tem 17,2 mil km de vias pavimentadas, o total representa espaço exclusivo para ciclistas em 2,3% do total de ruas e avenidas da cidade. Segundo estimativas da Prefeitura, o custo total das obras é de R$ 80 milhões. Parte dos recursos devem ser disponibilizados pelo Fundo Municipal do Meio Ambiente (Fema).

De acordo com a Prefeitura, o cumprimento da meta deixará São Paulo com total de ciclovias próximo do que há em outras cidades do mundo. O levantamento da administração municipal aponta que Berlim lidera o ranking com 750 quilômetros. Além dos 400 km do novo plano, há previsão de inauguração de 150 quilômetros de ciclovias que devem ser implantadas junto aos futuros corredores de ônibus, além de outros 63 km já existentes até 2013.

A instalação de ciclovias é uma das estratégias apontadas por especialistas em trânsito para oferecer outras opções para o transporte na cidade. Em maio de 2014, São Paulo atingiu novo recorde de congestionamento, com 344 km de vias congestionadas