sábado, 21 de julho de 2012

Igreja completa 390 anos de cara nova

18/07/2012 - O Estado de São Paulo

Reforma da capela mais antiga da capital, na zona leste, descobriu pinturas de 250 anos

Igreja mais antiga de São Paulo, a Capela de São Miguel Arcanjo, em São Miguel Paulista, na zona leste, completa hoje 390 anos. E tem muito para comemorar: depois das obras iniciadas em 2006, a construção de 1622 foi totalmente restaurada, ganhou museu e ainda viu a redescoberta de duas pinturas murais que estavam escondidas atrás de altares havia pelo menos 250 anos.

Para entender a história do local, é preciso voltar aos primeiros anos da cidade. Em 1560, índios guaianás se desentenderam com os colonos da então Vila de São Paulo de Piratininga. Comandados por Piquerobi, irmão do conhecido cacique Tibiriçá – aliado dos padres jesuítas –, eles caminharam 20 km ao leste e criaram uma nova aldeia, batizada de Ururaí.

Receosa de perder esses índios, a Companhia de Jesus delegou ao padre José de Anchieta a missão de reencontrá-los. Um percurso difícil à época, parte por terra, parte pelo Rio Tietê. Quando chegou ao local, o religioso tratou de renomear o povoado como São Miguel de Ururaí. Ali ergueu uma pequena capela, de bambu e sapé. Nascia o bairro de São Miguel Paulista.

A rudimentar construção religiosa deu lugar, décadas mais tarde, a uma nova igrejinha de taipa de pilão. É esta, de 1622, que vence o tempo e resiste até hoje – tombada por Iphan, Condephaat e Conpresp, respectivamente os órgãos federal, estadual e municipal de proteção ao patrimônio.

Restauro. A histórica capela passou por um longo processo de restauração, dividido em duas etapas. Na primeira fase, que durou de 2006 a 2009, a meta foi recuperar o edifício estruturalmente. “Havia problemas elétricos, hidráulicos e de infiltração de água”, lembra o gestor do local, Alexandre Galvão. Foram investidos R$ 3 milhões, bancados pela iniciativa privada.

Paralelamente a esse trabalho, uma equipe de arqueólogos e historiadores se debruçou sobre fatos, documentos e registros para que, pela primeira vez, a história da capela fosse recuperada de forma oficial. “No Vaticano, descobrimos cartas de Anchieta a outros jesuítas que nos ajudaram a entender como o povoado nasceu e como a primeira igrejinha foi feita”, conta Galvão. A carta mais antiga encontrada foi escrita em 12 de outubro de 1561.

Todo esse material fez com que os administradores do templo vislumbrassem a instalação de um museu. Nascia então a segunda fase do projeto, orçada em R$ 2,8 milhões e iniciada em 2009. “Passamos a recuperar as imagens esculturais”, diz Galvão. “Quando restaurávamos os altares, descobrimos, escondidas atrás de dois deles, pinturas murais que estavam ocultas e ao mesmo tempo protegidas”, relata o restaurador Julio Moraes. “Foi uma importante surpresa.”

Essas pinturas estão sendo cuidadosamente restauradas. “O trabalho deve ser concluído em novembro”, estima Moraes. Acredita-se que esses murais tenham sido pintados no século 17. E estavam cobertos pelos altares desde cerca de 1760.

Quem quiser conferir essas obras, entretanto, precisa se apressar. Concluído o processo de restauro, elas deverão ser novamente “escondidas” pelos altares, por determinação dos órgãos de proteção do patrimônio. Mas haverá reprodução fotográfica delas no museu, que está aberto desde 2010 e atrai cerca de 400 pessoas por mês.

Serviço
Capela (e Museu) de São Miguel Arcanjo: Praça Padre Aleixo Monteiro Mafra, s/nº, São Miguel Paulista. Visitação: de quinta a sábado, das 10h às 12h e das 13h às 16. Às quintas e sextas, é preciso agendar visita pelo telefone (11) 2032-3921 ou pelo e-mail capela.visitacao @hotmail.com. Ingressos: R$ 4. Mais informações: http://capeladesaomiguelarcanjo.blogspot.com.br

Publicado originalmente na edição impressa do Estadão, dia 18 de julho de 2012

São Paulo estuda criação de três garagens subterrâneas

19/07/2012 - O Estado de São Paulo

Conclusão das obras está prevista para o primeiro semestre de 2013

A Prefeitura de São Paulo vai realizar amanhã, sexta-feira (20), a primeira audiência pública para discutir com a população a construção de três garagens subterrâneas na capital. Os estacionamentos ficarão nos subsolos do Mercado Municipal da Cantareira e das praças Fernando Costa (região da 25 de Março) e Roosevelt, no centro.

O número de pavimentos e vagas em cada um deles já foi definido, assim como as ruas de entrada e saída dos veículos. Segundo o secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Rubens Chammas, o edital já está pronto e a licitação deve ocorrer em breve. A conclusão das obras está prevista para o primeiro semestre de 2013.

No total, serão 1.390 vagas, 110 a menos que o divulgado no ano passado. De acordo com a prefeitura, as garagens subterrâneas têm o objetivo de melhorar a fluidez no trânsito. Com isso, vagas de zona azul em ruas do entorno podem deixar de existir. Isso porque o estacionamento nas garagens terá o preço cobrado por empresas privadas em cada local. Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), no entorno dessas regiões existem hoje 1.167 vagas de zona azul.

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A proposta é que, por meio de licitação, empresas privadas construam e administrem por 30 anos as garagens. O valor da diária não foi definido, mas dois estacionamentos municipais administrados por consórcios (Trianon e Hospital das Clínicas) cobram R$ 40 por dia ou R$ 12 a primeira hora. O valor foi reajustado em 133% no fim do ano passado, com autorização da prefeitura.

As garagens subterrâneas terão vagas para veículos grandes, leves, motos e bicicletas. A maior será a do mercado municipal, que terá três pavimentos e 555 vagas. O acesso será apela avenida Mercúrio e a saída dos carros, pela rua da Cantareira. 

sexta-feira, 13 de julho de 2012

BNDES aprova financiamento de R$ 400 milhões para construção da Arena de São Paulo, em Itaquera

11/07/2012 - BNDES

Projeto é o nono aprovado pelo programa BNDES ProCopa Arenas e deve gerar 7,5 mil empregos diretos e indiretos na fase de construção
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio do seu programa BNDES ProCopa Arenas, aprovou financiamento no valor de R$ 400 milhões para a construção da Arena de São Paulo, no bairro de Itaquera, que receberá jogos da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, incluindo a partida de abertura do torneio. 

A operação é indireta e o agente financeiro intermediário será o Banco do Brasil (BB), que repassará os recursos à Sociedade de Propósito Específico (SPE) Arena Itaquera S.A., formada por Jequitibá Patrimonial S.A. e Odebrecht Participações e Investimentos S.A.

Os recursos do BNDES, repassados pelo BB, correspondem a 46% do investimento total e serão aportados pela SPE no Arena Fundo de Investimentos Imobiliários (FII Arena), responsável pela construção e manutenção do equipamento.

A Arena de São Paulo é a nona operação aprovada pelo programa BNDES ProCopa Arenas, instituído pelo Banco para financiar a construção ou reforma dos estádios sedes do Mundial de 2014. Antes dela, já foram aprovados financiamentos para as arenas de Belo Horizonte (R$ 400 milhões), Cuiabá (R$ 393 milhões), Fortaleza (R$ 351,5 milhões), Manaus (R$ 400 milhões), Natal (R$ 396,5 milhões), Salvador (R$ 323,7 milhões), Recife (R$ 400 milhões) e Rio de Janeiro (R$ 400 milhões).

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Mobilidade vai permitir a remodelação do Trevo de Bonsucesso

25/04/2013 - Folha Metropolitana

PAC libera R$ 248 milhões para Guarulhos

Wellington Alves

A presidenta da República, Dilma Rousseff (PT), anunciou nesta terça-feira, 24, no Palácio do Planalto, os 16 municípios selecionados para receber recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Grandes Cidades, do Governo Federal. Guarulhos foi uma das contempladas com investimentos de R$ 248 milhões no Programa de Mobilidade Urbana local.

A Folha Metropolitana revelou em 17 de fevereiro, com exclusividade, que Guarulhos receberia recursos de R$ 230 milhões do PAC Mobilidade. Ontem, o Ministério das Cidades divulgou tabela com previsão de investimentos de R$ 501 milhões, que estava errada e foi corrigida para ser publicada hoje no Diário Oficial da União. Serão R$ 307 milhões em obras, sendo R$ 248 milhões do PAC e R$ 59 milhões de contrapartida do município.

Entre os recursos do PAC estão R$ 83 milhões previstos do Orçamento Geral da União (OGU), a fundo perdido, enquanto o restante será destinado de financiamentos a serem aprovados pela Caixa Econômica Federal. Amanhã, o prefeito de Guarulhos, Sebastião Almeida (PT), irá anunciar quais obras terão recursos da OGU – e que devem ser concluídas neste ano – e as que dependerão da Caixa.

O PAC Mobilidade trará avanços na questão viária, como a remodelação do Trevo de Bonsucesso, a duplicação da Avenida Juscelino Kubitschek, nos Pimentas, e construção de corredores de ônibus nas avenidas Monteiro Lobato e João Paulo I.

Juscelino e Trevo são prioridades, diz secretário

Conforme o prefeito de Guarulhos, Sebastião Almeida (PT), disse em outras ocasiões, o secretário municipal de Transportes e Trânsito, Atílio Pereira, destacou nesta teça-feira, 24, que a remodelação do Trevo de Bonsucesso e a duplicação da Avenida Juscelino Kubitschek, nos Pimentas, são as prioridades da cidade para o PAC Mobilidade.

Pereira participou da cerimônia de anúncio dos recursos federais junto com o vice-prefeito, Carlos Derman, no Palácio do Planalto. Ele disse que o prefeito irá divulgar amanhã os projetos que poderão ser concluídos neste ano. Essa definição será repassada ao Ministério das Cidades. “Vamos priorizar a verba a fundo perdido, que é mais rápida”, conta.