quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Com boom e IPTU, arrecadação de SP bate recorde


O Estado de São Paulo, Diego Zanchetta, 30/set
Impulsionada por um boom imobiliário sem precedentes na história de São Paulo, a arrecadação da Prefeitura teve crescimento maior do que a da União e a do governo paulista. A capital viu entrar nos cofres municipais um volume em tributos 16,5% maior entre janeiro e agosto, em comparação com o mesmo período de 2009. O governo federal registrou aumento de 9,8% e o Estado, de 13,9%.
O resumo financeiro do segundo quadrimestre da Prefeitura mostra uma explosão na arrecadação do Imposto Sobre Serviços (ISS), do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e do Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), que tem taxa de 2% sobre o valor de um imóvel negociado, usado ou novo. Dessa forma, quem compra um apartamento de R$ 300 mil tem de pagar à vista R$ 6 mil à Prefeitura, mesmo que o imóvel tenha sido financiado. De janeiro a julho deste ano, já foram vendidos na capital 20.182 imóveis, ante 16.460 em igual período de 2009, segundo o Secovi (Sindicato da Habitação).
O governo recolheu R$ 576 milhões de ITBI entre janeiro e agosto, um crescimento de 37,8% em relação ao ano passado. Para 2011, o orçamento municipal projeta uma arrecadação de R$ 1 bilhão com o ITBI. "Esse imposto realmente é um fenômeno. O aquecimento do mercado imobiliário só cresce mês a mês e não existe tendência de arrefecimento. Pelo contrário. O crescimento vai prosseguir em 2011", afirma o secretário municipal de Finanças, Walter Aluisio Morais Rodrigues.
IPTU. O reajuste da planta genérica, que permitiu ao governo embutir no valor venal de 1,9 milhão de imóveis a valorização alcançada entre 2002 e 2009, também permitiu que o IPTU tivesse um aumento médio de 26,6% - a arrecadação saltou de R$ 2,4 bilhões para R$ 3,1 bilhões, também até agosto.
Para o próximo ano, Rodrigues disse que o imposto vai aumentar apenas pela reposição da inflação. Neste ano, o reajuste chegou a 60% para 133 mil contribuintes em bairros como Perdizes, Santana e Jardim América.
O secretário de Finanças disse que o aumento na arrecadação permitiu que o governo projete um orçamento recorde de R$ 34,6 bilhões para 2011 - neste ano, a movimentação financeira do governo deve fechar em R$ 29 bilhões. A "pujança" nas contas do Município também fez com que a Prefeitura fechasse o mês de agosto com um superávit de R$ 2,8 bilhões. "Nossos programas de modernização, que permitem os pagamentos de qualquer imposto pela internet, contribuíram para os dados positivos", justifica Rodrigues.
A concessão da folha de pagamentos dos servidores municipais ao Banco do Brasil por cinco anos, por R$ 726 milhões, também ajudou no bom desempenho das contas da Prefeitura, segundo o secretário. Desse total, R$ 327 milhões já caíram na conta da Prefeitura. "Por causa do aumento da arrecadação, pudemos conceder bônus para os servidores das áreas da Educação e da Saúde. Esse crescimento também está refletindo na maior valorização dos nossos funcionários", completou o secretário.
Plano de metas. Para o líder de governo na Câmara Municipal, José Police Neto (PSDB), o aumento dos recursos em caixa vai ajudar na conclusão das 223 metas que constam no plano da Prefeitura para 2012. "A diferença agora é que, com o crescimento da arrecadação, não precisamos pensar em obras mirabolantes, em construir grandes viadutos. O governo já tinha um planejamento para ser executado com esses recursos. Não é preciso criar nada de novo", disse.
Entre as promessas que o prefeito Gilberto Kassab (DEM) pretende começar a tirar do papel no próximo ano está a construção de 150 escolas e de três hospitais, na Brasilândia, zona norte, em Parelheiros, no extremo da zona sul, e na Vila Matilde, zona leste. O objetivo é inaugurar as três unidades em 2012. No caso dos colégios, a Prefeitura já reservou R$ 300 milhões no orçamento de 2011. Com eles, a Prefeitura espera acabar com o terceiro turno de aulas, das 11h às 15h. 

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Déficit de moradia cresce 1 família/hora e SP planeja ''megacohab com elevador''


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Plano de Habitação prevê investimentos de R$ 54 bi, mas faltam mais da metade dos terrenos e obras dependem ainda de Estado e União

20 de setembro de 2010 | 0h 00
Paulo Saldaña - O Estado de S.Paulo
 
Nos próximos 14 anos, pelo menos uma família por hora passará a morar em lugar precário ou irregular na capital paulista, incluindo áreas de risco - e o déficit habitacional de 130 mil unidades pode quadruplicar. São Paulo precisará de 740 mil novas moradias até 2024, conforme o Plano Municipal de Habitação (PMH). Para evitar isso, a proposta é criar pela primeira vez prédios populares com elevadores e passar a maior parte da conta para Estado e União.

A Prefeitura não conta nem com a metade dos terrenos necessários. E o grande vilão dos prédios com mais andares é o elevador - que encarece a obra e tem um gasto considerável de manutenção para os moradores, muitos incapazes de arcar com custos básicos como água (veja abaixo). Hoje, a capital só tem projeto para um prédio popular com o equipamento - no Jardim Edith, zona sul, com nove andares, mas sem que o modelo esteja totalmente definido.

Todos os edifícios do gênero com mais de cinco patamares, a exemplo dos Cingapuras, têm entrada pelo 2.º andar. "Precisamos trabalhar em um elevador sem custo de manutenção", observa o secretário de Habitação, Ricardo Pereira Leite.

Investimento. Para pôr o PMH em prática, ainda seria necessário gastar R$ 58 bilhões. "Pelo que hoje temos de orçamento, é um programa perfeitamente executável nesse espaço de tempo desde que se tenha uma política continuada", diz a superintendente de Habitação Popular, Elisabete França.

Mas o ritmo atual de investimento (de R$ 1,5 bilhão para 2011) só permitiria chegar ao objetivo em 2048. Por isso, até a secretaria admite que a viabilidade do Plano Municipal de Habitação só será possível com o aprofundamento da parceria entre Município, Estado e União. A Prefeitura quer reverter a lógica de orçamento e passar ao governo federal a maior parte da responsabilidade pelos programas.

 Se hoje o Município responde por 71% dos recursos empregados, a proposta apresentada é de que a União assuma 62% e o município passe a ter 26%. O Estado, que hoje é responsável por 10%, passaria a 12%. "Sem a participação da União e do Estado não será possível zerar o déficit", admite Elisabete.

Atualmente, há 800 mil famílias vivendo em assentamentos precários - uma em cada quatro na zona leste. Dessas, cerca de 130 mil necessitam ser retiradas imediatamente, por se encontrarem em áreas de risco.
Terrenos. De acordo com o plano, cuja primeira versão foi apresentada na semana passada, cerca de R$ 14 bilhões seriam necessários apenas para a compra de áreas e terrenos. Há a necessidade de um total de 39 Km² para construções. Contando as áreas das Zonas Especiais de Interesse Social (Zeis) atuais da cidade, chega-se a 17 km². "Precisamos de uma política fundiária mais agressiva", diz o secretário.

Ele garante que já foram rastreados 4,5 km² de novos terrenos, suficientes para 40 mil unidades. No entanto, os locais são sigilosos. Para Leite, caso as áreas fossem divulgadas haveria especulação imobiliária.

A opção já existe, mas é limitada. No centro, a Prefeitura conta com 53 prédios em processo de licitação para moradias populares. "Serão 2.500 unidades, que já poderemos descontar do déficit", afirma Leite. Uma pesquisa feita no fim do ano passado identificou um total de 400 edifícios vazios na região central, mas somente 53 desses seriam viáveis para habitações, de acordo com a secretaria municipal.


 

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Depois do Rodoanel, movimento para o litoral cresce 1,2 milhão de veículos


19 de setembro de 2010 | 0h 00
Diego Zanchetta, Márcio Pinho e Eduardo Reina - O Estado de S.Paulo
 
Chegar à praia sem enfrentar os congestionamentos de São Paulo virou um alívio para moradores do interior, de cidades da Grande São Paulo, como Barueri e Osasco, e até de alguns bairros da capital. Mas a alegria pode durar pouco. O Sistema Anchieta-Imigrantes, acesso aos balneários mais visitados do Estado - Santos, Guarujá e Praia Grande -, registrou acréscimo de 1,2 milhão de veículos entre abril e agosto, em comparação com o mesmo período de 2009, conforme levantamento obtido pelo "Estado".

O dado indica que muito mais gente tem descido para o litoral desde a inauguração do Trecho Sul do Rodoanel, no dia 1.º de abril. Se forem comparadas as férias de julho de 2009 e 2010, o aumento foi de 500 mil veículos.

Só que as obras da estrada de R$ 5 bilhões e 61,4 quilômetros não foram acompanhadas por melhorias nos gargalos da Baixada Santista, o que deve agravar os congestionamentos nas Rodovias Cônego Domênico Rangoni (Piaçaguera-Guarujá) e Padre Manuel da Nóbrega durante a temporada. 

É o que alertam a Ecovias - concessionária que administra a Imigrantes e a Anchieta - e prefeituras do litoral. "O aumento do fluxo vai influir na temporada e deve potencializar os problemas dos gargalos do litoral", admite Humberto Gomes, diretor-superintendente da Ecovias.

Ele atribui o crescimento de tráfego nas duas estradas ao Rodoanel e ao Porto de Santos, que registrou neste ano recorde de movimentação, com 94 milhões de toneladas de carga, superando o recorde do ano passado. 

O crescimento da frota de veículos é outra causa. E os efeitos já foram sentidos no feriado de 7 de setembro, quando 338.360 veículos desceram pelo Sistema Anchieta-Imigrantes. O aumento foi de 26% em relação ao feriado de 2009. 

Mudança de hábito. Paulistanos e moradores do interior que têm imóvel na praia contam que o Rodoanel facilitou as viagens de fins de semana. "Só ia no ano-novo para a praia. Ficava com preguiça de pegar trânsito na sexta-feira à noite. Agora pego o Rodoanel perto de casa", comentou o pediatra Ricardo Carvalho, de 35 anos, que tem casa em Itanhaém e mora no Morumbi, na zona sul paulistana.

A "preguiça" de atravessar a capital às sextas-feiras, quando os congestionamentos passam de 150 quilômetros, também era o motivo que fazia a socióloga Márcia Lucato, de 48 anos, moradora de Limeira, desistir de ir para seu apartamento na Enseada, no Guarujá. Após a inauguração do Trecho Sul do Rodoanel, ela resolveu reformar o imóvel na praia. "Agora eu e meu marido podemos voltar só na segunda-feira de manhã. Em duas horas, chego a Limeira", comemora a socióloga. 
 
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100919/not_imp612008,0.php

domingo, 19 de setembro de 2010

O mapa da mina


IstoÉ Dinheiro, Crislaine Coscarelli e Luciani Gomes, 10/set

É notório que o setor imobiliário nacional vive um de seus melhores momentos. Na cidade de São Paulo, por exemplo, não é preciso muito esforço para ver prédios sendo erguidos um atrás do outro. Dados do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP) mostram que as vendas de imóveis na capital paulista cresceram 18,4% no primeiro semestre deste ano.

Com a falta de terrenos, as construtoras passaram a avançar sobre espaços que hoje estão tomados por empresas. Muitas companhias ocupam grandes áreas em regiões privilegiadas e nem perceberam que, em alguns casos, esse ativo chega a valer mais do que o próprio negócio.

Um bom exemplo é o quase centenário Colégio Dante Alighieri, cuja construção ocupa 22 mil metros quadrados da nobre alameda Jaú, no coração dos Jardins, em São Paulo. Estima-se que o terreno valha R$ 400 milhões, enquanto o faturamento estimado da instituição seja de R$ 100 milhões.

"É certamente um dos terrenos mais valiosos de São Paulo. O metro quadrado na região vale cerca de R$ 6 mil, mas, como ele está quase em frente ao parque Trianon, com a especulação, esse valor pode chegar a até R$ 10 mil o m²", afirma Luiz Paulo Pompéia, diretor da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp).

Mas há um grande empecilho em relação a esse terreno: o fator histórico. O colégio completará 100 anos, em 2011, e preserva a arquitetura original, além de ser comandado por um grupo de 59 ex-alunos que fazem parte do conselho diretor e que não têm interesse em transferir o colégio para outro lugar.

"Existe toda uma tradição e um aspecto sentimental que se tornam uma barreira para isso. Temos até planos de abrir uma segunda unidade, mas essa certamente será mantida onde está", afirma José de Oliveira Messina, presidente do Dante. Apesar de Messina negar, consultores do mercado imobiliário dizem que o Dante é assediado constantemente.

O mesmo acontece com Marcelo Gutglas, presidente do PlayCenter. "Recebemos inúmeras propostas, mas os terrenos onde o parque está instalado não estão à venda. Tenho contratos assinados com os donos dos terrenos e estou investindo novamente no parque", afirma Gutglas.

O parque de diversões paulistano PlayCenter, que já foi o maior do País, está sobre quatro terrenos diferentes, todos alugados. Ele ocupa uma área de 85 mil metros quadrados de frente para a Marginal do rio Tietê, entre as pontes do Limão e da Casa Verde. O espaço onde o PlayCenter está instalado vale cerca de R$ 136 milhões, mais do que o faturamento de R$ 100 milhões que o parque projeta para este ano.
"O problema desse terreno é que não é possível fazer construção alta", diz Pompéia. Isso ocorre porque, desde 2002, a cidade de São Paulo tem uma lei de zoneamento rigorosa. Em algumas regiões, as construções são obrigadas a ter apenas um andar, ou seja, o seu aproveitamento é de uma vez o tamanho do terreno. Já em outras áreas, há mais flexibilidade chegando a mais de quatro vezes.

O fato de poder aproveitar quatro vezes ou mais o tamanho do terreno é a vantagem de construir no bairro de Santo Amaro, próximo à Marginal do Rio Pinheiros.

"Os terrenos na região podem ter seu metro quadrado vendido por R$ 3 mil, sendo bastante conservador e lembrando que esse valor é multiplicado por até 4,3 vezes", afirma Pompéia. O terreno onde estava localizada a fábrica da Giroflex, por exemplo, teria sido vendido recentemente por R$ 300 milhões.

O proprietário da corretora de imóveis Bamberg, Michel Bamberg, que vendeu o terreno, não confirma o valor, mas deixa claro que o bairro é um dos mais visados. "As fábricas ali localizadas são alvo de constantes ofertas", diz Bamberg.

A joia da coroa é o terreno de 27 mil metros quadrados onde funciona a sede e o centro de distribuição da Semp Toshiba, localizado próximo à ponte João Dias. "A empresa recebe de duas a três visitas mensais de grupos interessados em adquirir o terreno", afirma um executivo do setor imobiliário.
Uma das propostas seria a de um condomínio misto, com escritórios comerciais e apartamentos residenciais. A companhia fatura R$ 1,9 bilhão, uma cifra bem maior do que os R$ 350 milhões que o terreno vale. Isso não quer dizer que a empresa não vai negociá-lo.

Fontes próximas a executivos da companhia dizem que a Semp Toshiba está aguardando valorizar ainda mais para bater o martelo. "Alguns terrenos se tornaram tão valiosos que as empresas ficam com uma parte do seu ativo imobilizado e, por isso, preferem comercializar os imóveis", diz Cláudio Castro, diretor da Sergio Castro Imóveis do Rio de Janeiro. Segundo ele, o Rio enfrenta a mesma carência de bons terrenos que São Paulo. A imobiliária se instalou no Cais do Porto para atender a incorporadoras que buscam por empresas que queiram se desfazer de suas áreas.

"Esse tipo de negócio está acontecendo tanto que abrimos um escritório só para tratar disso." Cerca de 30 empresas da área já venderam seus imóveis. Entre as companhias localizadas no Cais do Porto está o Diários Associados - que reúne o Jornal do Comércio, a rádio Tupi e a rádio Nativa.

Desde a década de 50, a empresa ocupa o imóvel com 11 andares (21.000 m2 de área construída), sendo que apenas cinco pavimentos são utilizados atualmente. O valor estimado do prédio é de cerca de R$ 30 milhões. O diretor financeiro do Diários, Nelson Gimenez, reconhece que é um bom momento para negociar a área.

"A intenção é vender e instalar a empresa em outro lugar que custe menos para, assim, obter um ganho que possa ser transformado em capital de giro", explica. "O interesse pela região, até pouco tempo atrás abandonada, considerada perigosa, só tem ajudado", acrescenta ele.

A mudança do perfil da zona portuária do Rio de Janeiro começou em junho de 2009, quando o prefeito Eduardo Paes lançou o projeto Porto Maravilha. Parte integrante do dossiê de candidatura do Rio aos Jogos Olímpicos de 2016, a ideia é revitalizar a área por meio de intervenções urbanas e econômicas. A transformação deve exigir um investimento total de R$ 3,4 bilhões

Corinthians "bate o martelo" por estádio em parceria com a Odebrecht


Decisão foi tomada ontem na sede do clube após apresentação das três propostas para Itaquera



Perspectiva artística da futura arena no bairro de Itaquera, em SP (crédito: CDCA/Divulgação)
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Da redação - São Paulo -Portal 2014
postado em 10/09/2010 10:48 h
atualizado em 10/09/2010 11:22 h
A decisão foi unânime. Os catorze membros presentes à reunião do Conselho de Orientação do Corinthians, ontem à noite (9) optaram pela proposta da Odebrecht para o novo estádio do clube em Itaquera. Pelo projeto, o Corinthians construirá o estádio financiado pela construtora Odebrecht, que buscará recursos do BNDES. O clube negociará a venda de naming rightspor dez anos para pagar o financiamento à construtora. O projeto é do escritório carioca CDCA Arquitetos, dirigido por Aníbal Coutinho.

Duas outras propostas foram apresentadas ao Conselho de Orientação. Uma, da Tessler Engenharia, com projeto do arquiteto Eduardo de Castro Mello (leia mais), foi concebida para o mesmo terreno, em Itaquera. A outra, de autoria da Augusto França Netto Arquitetos (leia mais), foi pensada para uma área no município de Guarulhos.

Cotado para ser a sede da Copa de 2014 em São Paulo, o projeto contempla a possibilidade de expansão de sua capacidade de 48 mil para até 70 mil lugares, o que o habilitaria para o jogo de abertura do Mundial. A decisão está nas mãos do comitê paulista para a Copa, da CBF e da Fifa, já que o Corinthians afirma que não bancará a expansão.

http://www.copa2014.org.br/noticias/5197/CORINTHIANS+BATE+O+MARTELO+POR+ESTADIO+EM+PARCERIA+COM+A+ODEBRECHT.html

No Anália Franco, m² de apartamento passa de R$ 9.500


12 de setembro de 2010 | 0h 00 - O Estado de SP

A sala de degustação de vinhos no hall do prédio - ao lado da adega climatizada - foi um dos luxos que reafirmaram a fidelidade do comerciante Marcio (nome fictício) à zona leste de São Paulo. Ele é um dos 30 proprietários que desembolsaram alguns milhões para morar no empreendimento mais caro - e um dos mais luxuosos - desse lado da cidade, no Jardim Anália Franco. O bairro agora é retratado até na ficção, pelo estilista Jacques Leclair, na novela Ti-ti-ti.
Em alguns diálogos do folhetim da Globo, o estilista comemora o fato de morar e atender as clientes por ali - entusiasmo visto na vida real. Entregue no mês passado, um apartamento no Residencial Sainte Claire - com nove vagas de garagem, cinco suítes e 625 metros quadrados de área útil - não sai por menos de R$ 6 milhões. O metro quadrado custa mais de R$ 9,5 mil, relação similar às das áreas mais tradicionais de São Paulo.
Todos os apartamentos foram vendidos antes mesmo de o primeiro tijolo ser empilhado - e ainda ficou gente na fila. "Nasci no Tatuapé e não mudaria", diz Marcio. "A região tem boas opções de serviços, com redes de supermercado, shoppings, hospitais de qualidade. E a cada dia cresce ainda mais."
Um ex-jogador do Corinthians, cuja sede fica no Tatuapé, chegou a visitar empreendimentos no Pacaembu, mas ficou no bairro. "Minha vida está aqui, tenho tudo por perto. E olha esse prédio, parece um clube", diz ele, que, aos 43 anos, é agente de jogadores e também prefere não ser identificado.
Perfil. Segundo profissionais do mercado imobiliário, ambos resumem um pouco do perfil dos moradores de alto padrão da zona leste. Têm ligações afetivas com a região, trabalham nas proximidades e, com dinheiro, não abrem mão de luxo e exclusividade. "Ele não quer largar suas origens, tem um certo bairrismo com uma fundamentação maior que o bairrista da zona sul", explica Luiz Paulo Pompeia, da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp).
"A zona leste é a região com maior número de moradores de São Paulo e muitos comerciantes de sucesso dos bairros procuram ir para o Anália Franco", explica a consultora imobiliária Angela Ruiz, com 35 anos de experiência na região. "O bairro tem uma estrutura maravilhosa. E é uma ostentação morar lá - muita gente busca isso."
Apesar de trabalhar no Cambuci, na região central, o industrial Antonio não abandona o Anália Franco. "Sou nascido e criado na Vila Carrão, aqui na região. E eu nunca saí mais de um quilômetro, nunca tive vontade", diz ele, que acaba de comprar um apartamento de 425 m² . A pouco meses da entrega da obra, o apartamento é vendido por R$ 3,8 milhões.
Luxo. A fidelidade às raízes é preponderante para o sucesso do Tatuapé e do Anália Franco, mas os investidores perceberam que para agradar é preciso mais. "Temos de investir muito em tecnologia e acabamento. No Sainte Claire, são mais de 350 m² de mármore", diz Sílvio Vasco, gerente comercial da Porte Construtora, responsável pela obra.
No prédio, além de uma área de lazer que vai de squash a sala de música, uma dezena de estátuas, "feitas sob encomenda", e três fontes dão o toque especial à torre no estilo neoclássico.
A Even, uma das gigantes do setor de construção, lançou seu primeiro projeto no Anália Franco em 2007. Agora, lança mais um, com unidades de 50 a 100 m², e valor de R$ 7,5 mil oe m²t.
"O público de alto padrão de lá é mais exigente. Gosta do valor agregado", diz o diretor de incorporações, João Azevedo. "Em toda a região leste o sonho é morar ali, mas é caro. É o Jardins de lá e só mora quem pode."

BNDES vai financiar construção do estádio do Corinthians


por Eduardo Reina-  O Estado de SP
Seção: Futebol
01.setembro.2010 12:13:09

A Odebrecht não vai colocar dinheiro do próprio bolso para fazer o estádio do Corinthians em Itaquera. O BNDES vai financiar a construção. Esse financiamento será pedido por uma sociedade de propósito específico (SPE) a ser criada entre o clube de futebol e a construtora, responsável pela obra. SPE é uma sociedade empresarial com atividade restrita, com prazo de existência determinado e muito utilizada para se evitar o risco financeiro da atividade desenvolvida. Para obter a verba do BNDES, a construtora terá de dar como garantia seu patrimônio.

As obras devem começar ainda esse ano e vão custar R$ 355 milhões. O clube informa que a obra será paga com a cessão dos direitos sobre a propriedade do nome do estádio à Odebrecht. O BNDES é um órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, do governo federal.

Novo trecho da Jacu-Pêssego abre dia 25

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04 de setembro de 2010 | 0h 00

Bruno Ribeiro - O Estado de S.Paulo
A ampliação da Avenida Jacu-Pêssego será inaugurada no próximo dia 25, fazendo uma ligação direta entre o Rodoanel Mário Covas e a Rodovia Ayrton Senna, na zona leste de São Paulo. Com isso, a avenida, que teve seu primeiro trecho entregue em 1996, fica concluída. A expectativa é de que ela receba diariamente 40 mil veículos, 6 mil deles caminhões. A obra, orçada em R$ 1,9 bilhão, será, porém, aberta sem iluminação.

O trecho atual da avenida liga a Ayrton Senna, que é prolongação da Marginal do Tietê, à Avenida Ragueb Chohfi, em São Mateus, também na zona leste. A ampliação significa mais 13,2 km de pistas até o fim do Trecho Sul do Rodoanel, na Avenida Papa João XXIII, em Mauá, na Grande São Paulo. Dessa forma, a via formará um anel interno ao Rodoanel, criando uma rota alternativa de tráfego sem passar pelo centro de São Paulo e desafogando a Marginal do Tietê. Fará as vezes do Trecho Leste do Rodoanel, que está atualmente em processo de licitação.

O projeto da avenida começou a tomar forma na gestão Luiza Erundina (1989-1993), quando a ex-prefeita asfaltou cerca de 1,5 km da Estrada Jacu-Pêssego, e passou por cinco gestões. Esta última etapa ficou sob a responsabilidade do governo estadual. A ampliação começou há 15 meses e foi necessária a desapropriação de cerca de 4,9 mil imóveis em São Paulo e em Mauá.

Iluminação. O prolongamento da Jacu-Pêssego será entregue no último fim de semana antes do primeiro turno das eleições. A previsão da empresa Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), ligada ao governo estadual e responsável pela obra, é instalar os postes de iluminação apenas em outubro.

Nos canteiros da avenida, operários trabalham nos arremates finais. "As obras civis já estão prontas. Falta o acabamento. Temos de instalar os postes, fazer a pintura no asfalto e o arremate nos canteiros. Mais 15 dias e tudo ficará pronto", disse um funcionário, que pediu para não ser identificado, na semana passada. Ele trabalha no trecho onde começa a ampliação, do lado da Avenida Ragueb Chohfi.

No outro extremo, em Mauá, as informações são as mesmas. "Só falta dar o arremate", diz um operário. Embora o Trecho Sul do Rodoanel tenha sido inaugurado há cinco meses, em abril, o pedaço de pista que o ligará à Avenida Jacu-Pêssego só deve ser aberto com a nova avenida.
Cerca de 290 mil pessoas vivem nos bairros ao redor da Jacu-Pêssego. É uma das regiões mais populosas da capital (mais de 150 habitantes por hectare). Entre os moradores, há a esperança de mais oportunidades de emprego, mas também o receio da perda de qualidade de vida na região, que ainda tem ares de cidade do interior. 

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Corinthians segue com projeto, "alheio" à Copa de 2014


Salvador entra na briga por abertura e faz clube adiar para janeiro decisão de expandir arena

Corinthians segue com projeto de arena para 48 mil pessoas (crédito: CDC Arquitetos/Divulgação)
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Marcos de Sousa - São Paulo
postado em 16/09/2010 - Portal 2014
atualizado em 16/09/2010 17:14 h
A cidade de São Paulo segue sem uma definição em relação ao estádio que sediará os jogos da Copa de 2014. Após o veto da Fifa ao Morumbi (leia mais), a única opção concreta apontada pela federação seria o futuro estádio do Corinthians, em Itaquera, zona leste da capital.

Segundo fontes próximas à direção do clube, o Corinthians está preparando a documentação para solicitar à prefeitura de São Paulo as licenças para o início das obras. Mas não é, ainda, o projeto de um estádio para a Copa de 2014. Trata-se de uma arena no padrão Uefa (europeu) para 48 mil pessoas, conforme anunciado pela diretoria do clube na festa de seu centenário.

"O projeto atual não atende à Copa. Se o comitê paulista e a Fifa decidirem por sediar os jogos do Mundial em Itaquera, haverá a necessidade de elaborar o projeto para um novo estádio, que provavelmente terá um custo bem mais elevado. O Corinthians somente aceita investir os R$ 330 milhões, mesmo assim esticando a corda ao máximo", confidenciou uma fonte que acompanha os trabalhos.

O principal problema para a adequação do projeto ao padrão da Fifa, especialmente para a receber a abertura da Copa, é prazo. O Corinthians precisa acelerar o processo da obra para cumprir o cronograma estabelecido com a construtora Odebrecht, parceira do clube no financiamento da obra, que tem custo estimado entre R$ 330 e 350 milhões.
Com a entrada de Salvador na disputa para receber a abertura, ao lado de Brasília e Belo Horizonte, a decisão deverá sair somente em janeiro de 2011, conforme se comenta nos bastidores do COL. E o Corinthians não poderá aguardar até lá para fechar o contrato com a Odebrecht.
SalvadorHoje o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, em entrevista ao site UOL, comentou o namoro da CBF com a cidade de Salvador (leia mais): “Ricardo Teixeira é um cara muito inteligente, ele está falando isso para o governo do estado e a prefeitura de São Paulo se tocarem e ficarem abertos e atentos a Copa do Mundo”, disse o dirigente no desembarque do Corinthians nesta quinta-feira (16) no aeroporto de Congonhas, um dia após a vitória por 2 a 1 sobre o Fluminense.

Por já ter definido um estádio, Salvador é no momento a capital brasileira com as melhores condições para receber a abertura da Copa. A Fonte Nova terá capacidade para 50 mil torcedores e poderia receber mais 15 mil assentos em uma arquibancada desmontável. E sua rede hoteleira é a segunda do país, com 38 mil leitos disponíveis. E, não menos importante, em matéria de festa, os soteropolitanos têm o melhor know-how do país.

http://www.copa2014.org.br/noticias/5291/CORINTHIANS+SEGUE+COM+PROJETO+ALHEIO+A+COPA+DE+2014.html

domingo, 5 de setembro de 2010

BNDES vai financiar construção do estádio do Corinthians



por Eduardo Reina-  O Estado de SP
Seção: Futebol
01.setembro.2010 12:13:09

A Odebrecht não vai colocar dinheiro do próprio bolso para fazer o estádio do Corinthians em Itaquera. O BNDES vai financiar a construção. Esse financiamento será pedido por uma sociedade de propósito específico (SPE) a ser criada entre o clube de futebol e a construtora, responsável pela obra. SPE é uma sociedade empresarial com atividade restrita, com prazo de existência determinado e muito utilizada para se evitar o risco financeiro da atividade desenvolvida. Para obter a verba do BNDES, a construtora terá de dar como garantia seu patrimônio.

As obras devem começar ainda esse ano e vão custar R$ 355 milhões. O clube informa que a obra será paga com a cessão dos direitos sobre a propriedade do nome do estádio à Odebrecht. O BNDES é um órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, do governo federal.

Novo trecho da Jacu-Pêssego abre dia 25

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04 de setembro de 2010 | 0h 00
 
Bruno Ribeiro - O Estado de S.Paulo
 
A ampliação da Avenida Jacu-Pêssego será inaugurada no próximo dia 25, fazendo uma ligação direta entre o Rodoanel Mário Covas e a Rodovia Ayrton Senna, na zona leste de São Paulo. Com isso, a avenida, que teve seu primeiro trecho entregue em 1996, fica concluída. A expectativa é de que ela receba diariamente 40 mil veículos, 6 mil deles caminhões. A obra, orçada em R$ 1,9 bilhão, será, porém, aberta sem iluminação.
O trecho atual da avenida liga a Ayrton Senna, que é prolongação da Marginal do Tietê, à Avenida Ragueb Chohfi, em São Mateus, também na zona leste. A ampliação significa mais 13,2 km de pistas até o fim do Trecho Sul do Rodoanel, na Avenida Papa João XXIII, em Mauá, na Grande São Paulo. Dessa forma, a via formará um anel interno ao Rodoanel, criando uma rota alternativa de tráfego sem passar pelo centro de São Paulo e desafogando a Marginal do Tietê. Fará as vezes do Trecho Leste do Rodoanel, que está atualmente em processo de licitação.
O projeto da avenida começou a tomar forma na gestão Luiza Erundina (1989-1993), quando a ex-prefeita asfaltou cerca de 1,5 km da Estrada Jacu-Pêssego, e passou por cinco gestões. Esta última etapa ficou sob a responsabilidade do governo estadual. A ampliação começou há 15 meses e foi necessária a desapropriação de cerca de 4,9 mil imóveis em São Paulo e em Mauá.
Iluminação. O prolongamento da Jacu-Pêssego será entregue no último fim de semana antes do primeiro turno das eleições. A previsão da empresa Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), ligada ao governo estadual e responsável pela obra, é instalar os postes de iluminação apenas em outubro.
Nos canteiros da avenida, operários trabalham nos arremates finais. "As obras civis já estão prontas. Falta o acabamento. Temos de instalar os postes, fazer a pintura no asfalto e o arremate nos canteiros. Mais 15 dias e tudo ficará pronto", disse um funcionário, que pediu para não ser identificado, na semana passada. Ele trabalha no trecho onde começa a ampliação, do lado da Avenida Ragueb Chohfi.
No outro extremo, em Mauá, as informações são as mesmas. "Só falta dar o arremate", diz um operário. Embora o Trecho Sul do Rodoanel tenha sido inaugurado há cinco meses, em abril, o pedaço de pista que o ligará à Avenida Jacu-Pêssego só deve ser aberto com a nova avenida.

Cerca de 290 mil pessoas vivem nos bairros ao redor da Jacu-Pêssego. É uma das regiões mais populosas da capital (mais de 150 habitantes por hectare). Entre os moradores, há a esperança de mais oportunidades de emprego, mas também o receio da perda de qualidade de vida na região, que ainda tem ares de cidade do interior.